quinta-feira, 7 de novembro de 2013

o amor é bem mais que tudo isso

O amor parece ter nascido aqui nesse leito sereno para depois morrer confuso, ali, no seu peito ausente. Talvez nada lhe falte e até sobre verdade sobre a mesa do jantar que não jantamos ontem. Talvez até sobre um recado no bolso do paletó, que diz que a paixão é um pequeno pecado doido para ser perdoado. Eu perdoei loucamente todos os seus pecados: um por um, dores por dores, sentimentos por sentimentos. Talvez ainda reste um resto de eu te amo enrolado neste guardanapo que roubei do balcão do meu bar predileto… Na gaiola invisível ainda ouço a liberdade se prender ao canto do curió – meu pássaro favorito! Curiosos são aqueles que querem a verdade, o que eu quero é ver, rever, berrar: reverberar!

Ainda me lembro do dia em que dissemos: seremos felizes até que a poesia nos repare. Primeiro, você riu, eu gargalhei e nós casamos. Depois, eu li, você ouviu e, nus, transamos. Por fim, eu lembrei, você se esqueceu e nós cansamos. Hoje, ainda que me falte você, nunca me faltará poesia. Um poema é o próprio abandono descrito em versos, diversas vezes. É o poeta em estado onírico implorando em rimas, alexandrinos, decassílabos decadentes: “Volta para mim, palavra bonita. Volta!”. Seu mundo sempre foi confuso, uma mistura moderna de Garcia Márquez com qualquer pintura de Velásquez. Você só parece amar quem pisoteia nos seus sonhos, quem tapa os seus sorrisos com lágrimas, quem lhe abandona sem roupa, sem mundo, sem beijo. Veja só: As Meninas na corte do rei parecem cortejar o seu coração. Corta a cena: seu azar foi ter vivido Cem anos de Solidão em uma única relação. Talvez por isso nada lhe emocione mais: nem o piano que toca algumas notas de jazz, nem o coração em guerra que, no peito, hasteia uma bandeira de paz. Talvez por isso nada lhe interesse mais: nem as cartas nem as caras de amor. Todas elas são ridículas, já dizia o poeta, todas elas são partículas de sentimento que não insiste mais… Contudo ainda me pego algumas vezes tateando uma sombra incompreensível que fala e que fuma e que finge estar viva. Só finge! Uma sombra precisa de luz para ser viva. Um amor precisa de vida para reluzir. Eu preciso de ambos para existir.

Agora podemos ir, dobrar uma esquina qualquer, reconhecer que a vida tem seus tropeços, seus problemas e seus soluços. E soluços nada mais são do que palavras que morreram engasgadas na vontade de dizer. O tempo dirá, o remorso roerá, o cigarro apagará e eu tenho a mais absoluta certeza que outra beleza menos confusa e mais Clara amanhecerá no meu mundo para me amar como eu não te amei.

E se você foi covarde, tudo bem… Todo mundo tem suas fraquezas. Nem todo mundo aguenta ser feliz. Eu também preciso de uma Trégua…

Fique com seus romances latinos;

Eu versifico com os meus poemas batidos:

O amor é bem mais do que isso… O amor é bem mais do que tudo isso.

[o amor é bem mais do que tudo isso; antônio]

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

estranhezas

Saudade de quando as estranhezas eram menores (entre nós)... Talvez elas nem precisassem ter começado de um modo tão estranho quanto o que se seguiu. E tanta coisa mudou, dentro de nós e parece tão igual (aqui fora) e ao mesmo tempo tão diferente (aqui dentro).

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

eu

"Eu não preciso chorar para mostrar que estou triste. Nem gritar para dizer que sinto dor. Muito menos sorrir para deus e o mundo para provar que sou feliz. Não preciso aparentar para ser, demonstrar para estar. Meu mundo acontece aqui dentro. E ele não é menor ou maior que o seu: é simplesmente o meu... eu senti minha dor e eu gargalhei em paz sem precisar invadir o seu mundo com coisas tão minhas, com coisas tão lindas, com coisas tão findas que se repetem infinitamente: aqui dentro."

terça-feira, 29 de outubro de 2013

adeus?

Dizer adeus nunca foi fácil, mesmo sabendo-se que não há nada mais a ser feito, essa palavrinha tristonha nunca foi e nunca será pronunciada com facilidade na vida real. Nos filmes sim, toda despedida só é triste o suficiente se for dito “adeus”, na vida real se prefere silenciar ao pronunciar que não terá uma próxima vez, “repeteco” mesmo que seja pra não deixar a outra pessoa esquecer.
Hoje, em meio a tantos tumultos um momento que parecia ser feliz, tornou-se a maior tristeza, toda vontade que sinto é de vazar pelos olhos, e me pergunto: porque não diz adeus agora, menina burra? E simplesmente silencio, pois já não existe mais resposta para minhas dúvidas, e fico me perdendo entre palavras e vontades.

Agarro-me aos ‘poetinhas’ pra eles me libertarem dessa dor, do amor e nada eles fazem além de me deixar a vazar ainda mais pelos olhos. Portanto uma letra por dia até conseguir pronunciar a palavra por inteiro, pra assim dá tempo de desistir de vez.

[bye]

domingo, 20 de outubro de 2013

das bonitezas escritas

"Eu só consigo dormir depois de escrever tudo o que está em mim. Todo dia preciso me esvaziar. Talvez seja o jeito que encontrei para me conhecer, me encaixar no mundo. Não procuro ideias geniais, histórias impossíveis. Eu me contento com a simplicidade das palavras, contanto que esta mesma simplicidade dome minha ansiedade, liberte minha timidez, vença meu medo. Escrever não é papel exclusivo dos escritores: é uma necessidade humana. É nesse exato momento, quando a caneta perfura delicadamente a brancura da página e começa a despertar as palavras adormecidas dentro de nós que eu me sinto mais humano, ou menos patético. Não quando acordo, não quando me alimento, não quando pego o metrô, não quando chego atrasado em uma reunião, não quando espero meu lugar na fila de um show qualquer, não quando perco um emprego, não quando leio Quintana, não quando digo eu te amo. Ali estou simplesmente vivendo. Escrever vai além: escrever é vida + palavra. E eu escrevo simplesmente para poder dormir: sonhar: sobreviver e me preencher de novo com novas palavras. Até amanhã.

[me ex-vazio; antônio]"

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

sexo ágil

dos fatos



tem mulher que é mais feliz sorrindo e tem mulher que gosta mesmo é de chorar. tem mulher que cobiça o pau da próxima e tem mulher que prefere a próxima mesmo. tem mulher que é insegura, ciumenta e possessiva. e tem mulher que engole seco. tem mulher que fala sacanagem com o amigo e ama o marido. tem mulher que não quer casar. tem mulher que passa a vida inteira esperando e tem mulher que é impulsiva demais. tem mulher que se esconde e tem mulher que faz questão de aparecer. tem mulher que é recalcada e tem mulher que não tá nem aí pra nada. tem mulher que de tanto nada não percebe que tem tudo. e tem mulher que é vazia mesmo. tem mulher que dá uma de mulherzinha, mas tem 1,96. tem mulher que provoca só pra se afirmar e tem mulher que quer-ver-o-circo-pegando-fogo. tem mulher que é frágil e tem mulher que enverga, mas não quebra. tem mulher que fala a verdade na cara e tem mulher que prefere as entrelinhas, mas nem por isso fica calada. tem mulher que não sai sem maquiagem e tem mulher que prefere um rimelzinho de leve. tem mulher que é mais macho que muito homem e tem mulher que é mais mulher do que qualquer mulher desse mundo. tem mulher que cai pra dentro e tem mulher que levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima. e você ainda tem coragem de dizer que mulher é tudo igual? 

Por: Aida Polimeni

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

ele se chama Antônio

Era a distância que mais nos aproximava: não os poemas, não as cinzas daquele cigarro inacabado. Todo amor exige certo distanciamento para ser lembrado em qualquer espaço de tempo, em qualquer pedaço de sentimento. Eu, para te ter, precisei te escrever. Só assim pude dormir tranquilo todas as noites que estivemos longe um do outro do outro do outro: sem ouvir o timbre da tua voz tão doce e tão delicada, sem tragar teus problemas tão doces e confusos, sem estragar teus dias tão delicados e breves. Só assim consegui domar a angústia que é não poder acariciar teu sorriso matinal, tua presença tardia e teu gozo noturno. E para não morrer de saudade, me alimentei das suas ausências: só assim pude digerir a angústia sem passar mal, sem rancor.

[sem rancor; antônio]



P. S É com muita felicidade misturada com muita tristeza que venho aqui, postar o texto bonito do "Antônio", ele, que escreve bonitezas tantas...

domingo, 22 de setembro de 2013

um café, e um amor... quentes, por favor!

Um café e um amor... Quentes, por favor!
Sem excessos de doçura ou amargura.
Forte; doce.
Que ambos façam meu coração acelerar.
Que me mantenham vivo.
Um café e um amor... Quentes, por favor!
E que de nenhum deles eu sofra de vício,
Mas que de ambos,
Eu possa me dar ao luxo do hábito.
Um café e um amor... Quentes, por favor!
Pra ter calma nos dias de frio.
Pra dar colo
Quando as coisas estiverem por um fio.
E que eles nunca tenham gosto de ontem
Nem anseiem pelo amanhã.
Que me façam feliz nesse agora,
Que me abracem pela manhã.
Amargos, suaves
Intensos, sutis
Saborosos!
E quentes.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

as escolas do século XXI

 Porque nossas escolas mais parecem prisões?
 Vivemos no século XXI , era dos avanços tecnológicos  onde cerca de 90% da população  tem algum aparelho tecnológico (como tablet, computador, celular entre outros) que possibilita/permite nossa comunicação com pessoas de vários lugares do mundo de uma forma simultânea e instantânea.
 Mas dentro da escola vivemos um mundo a parte totalmente diferente do que estamos habituados, um ambiente cercado de ordens, restrições e grades.
 Se do lado de fora da escola somos o que queremos ser, do lado de dentro somos o que nos é imposto. Depois de tantas mudanças no país, a escola pouco mudou, continua praticamente igual, obrigando de certa forma nossa juventude ser padrão e deixar toda sua diversidade e irreverência do lado de fora das grades e portões que tem transformado nossas escolas do século XXI mais parecidas com prisões.
 Nós queremos escolas com a cara, irreverência e o jeitinho de cada jovem desse país, juventude essa que está conectada nas redes, que curte brega, forró, axé, andar de skate, ir à praia, ao cinema mais que ainda tem como objetivo entrar na universidade.
 Invadimos e invadiremos as ruas quantas vezes for necessário para mudar a cara da educação e das escolas deste imenso país, pintaremos os muros de verde e amarelo, tiraremos todas as grades que nos prendem  não permite que a escola seja acessível.
 Pintaremos as paredes das escolas com história, a história da juventude do século XXI

o livro da vez


sábado, 10 de agosto de 2013

camaleão




Como um camaleão acabamos nos adaptando aos defeitos, qualidades e momentos de algumas pessoas, portanto, aguardo meu camaleão porque príncipe encantado é para as fracas.

P.S. A música veio a calhar.





domingo, 4 de agosto de 2013

Boa noite, Leminski

"Ai daqueles
que se amaram sem nenhuma briga
aqueles que deixaram
que a mágoa nova
virasse a chaga antiga

ai daqueles que se amaram
sem saber que amar é pão feito em casa
e que a pedra só não voa
porque não quer
não porque não tem asa."

(Paulo Leminski)

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

palavra de poeta

Com a palavra, Gonzaguinha:

"Eu apenas queria que você soubesse
Que aquela alegria ainda está comigo
E que a minha ternura não ficou na estrada
Não ficou no tempo presa na poeira
...
Eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta
Que hoje eu me gosto muito mais
Porque me entendo muito mais também"






silêncio?

Talvez não exista nada mais assustador que o barulho do silêncio nos dias de solitude...


terça-feira, 30 de julho de 2013

um simples abraço

As vezes encontramos músicas que se encaixam como uma luva aos momentos que vivemos, e com essa não foi diferente...

"O que você precisa?
se você precisar.
Uma margarida comum, 
um beijo ou um simples abraço,
que é pra você lembrar de mim."



segunda-feira, 29 de julho de 2013

palavra de poeta

Escreve-me! Ainda que seja só
Uma palavra, uma palavra apenas,
Suave como o teu nome e casta
Como um perfume casto d`açucenas

Escreve-me! Há tanto, há tanto tempo,
Que te não vejo, amor! Meu coração
Morreu já, e no mundo aos pobres mortos
Ninguém nega uma frase d`oração!

"Amo-te!'' Cinco letras pequeninas,
Folhas leves e tenras de boninas,
Um poema d`amor e felicidade!

Não queres mandar-me esta palavra apenas?
Olha, manda então... brandas... serenas...
Cinco pétalas roxas de saudade...

Florbella Espanca

sábado, 13 de julho de 2013

o dia é do Drummond

Desejos

Desejo a vocês...
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho.
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender um nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel
E muito carinho meu.

domingo, 7 de julho de 2013

o domingo é do Anderson Diego

"Um Feriado...

Um encontro desencontrado,
Com direito a vistas para o mar.
Uma parada obrigatória para as guloseimas
Ao som do “Extreme”.

No cardápio, uma companhia agradável
Falando da vida e dos sonhos, dos objetivos e das metas.
Quanta coisa em comum...

Um esplêndido e marcante sorriso é percebido
Daqueles de quem quer viver a vida intensamente
Seguido de um olhar sereno e sempre sincero,
De quem quer ser respeitada e amada com a mesma intensidade.

De repente, uma ideia,
Um almoço a beira-mar!
“Oh-linda”, parece um belo destino.
Boas opções, boa música, tarde linda!
Como o nome da Cidade já diz!

Ao anoitecer,
Pudemos contemplar...
Um céu estrelado, uma noite convidativa para as belas histórias...
Que lua linda a nossa varanda!
Parecia adivinhar o significado da noite...
Para ali está... exclusivamente diria...
Para nós!

Mais e mais histórias,
Risadas e carinhos...
E essa seleção musical:
Sai ou não sai?!
Parecia pouco importar, pois,
O que mais valera a pena
Já existia desde o primeiro olhar.
E o pior ou o melhor: já sabíamos disso!

E quem disse que pancada na cabeça não dói?
Ah... mas, quando se tem carinho por alguém
Quando essa pessoa demonstra ser especial...
Isso parece pouco importar!

E assim, o feriadão foi acontecendo...
Por que não um cineminha?
Ah, boa ideia!
Que comédia, boas gargalhadas...
Parecia mesmo uma peça teatral
Montada para pessoas felizes
E com motivos felizes para sorrir, para comemorar.

Um feriado...
Daqueles que inspiram os inspirados
Que mostra a pessoas felizes
A possibilidade de amar...acessa...
Viva...intensa...presente!

Um feriado desses...
É algo que desejaria
Para uma vida inteira!

Por Anderson Diego" 

sexta-feira, 5 de julho de 2013

a verdade

O que dói não é a despedida, é o sentimento que fica pela pessoa que "partiu".

(Luana Lopes)

quinta-feira, 27 de junho de 2013

a volta

Porque quando a saudade bate na janela é impossível não deixá-la invadir o quarto, a sala e o coração solitário.

terça-feira, 25 de junho de 2013

boa tarde, Lispector

Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil.
Clarice Lispector

domingo, 23 de junho de 2013

Como uma luva

Hoje o dia é de Fernando Pessoa, bom dia.

"Conformar-se é submeter-se e vencer é conformar-se, ser vencido. Por isso toda a vitória é uma grosseria. Os vencedores perdem sempre todas as qualidades de desalento com o presente que os levaram à luta que lhes deu a vitória. Ficam satisfeitos, e satisfeito só pode estar aquele que se conforma, que não tem a mentalidade do vencedor. Vence só quem nunca consegue."


Fernando Pessoa

terça-feira, 18 de junho de 2013

invadindo as ruas

Nos últimos dias os protestos em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Bahia me fez sentir arrepios, a juventude continua a ser linha de frente das lutas em defesa dos direitos do nosso povo. 
 Nosso povo nunca foi de fugir das lutas, nem nas épocas mais sombrias que houveram na história, portanto não digam que o gigante acordou, esse gigante chamado povo, apenas cansou de esperar e quer que o Brasil tenha mais avanços concretos, logo, reconhecer os grandes avanços é necessário, mas necessitamos de muito mais para garantir que nosso povo consiga acompanhar o desenvolvimento do nosso país.
 Hoje lutamos, por um país justo e igualitário, queremos discutir não apenas o aumento das passagens, mass também mobilidade urbana, financiamento e a qualidade da educação, esporte, cultura, lazer, economia, politica, e tudo que seja responsável pela desenvolvimento e soberania do nosso país e principalmente tudo que seja necessário para o desenvolvimento e soberania do nosso povo.
Precisamos mais do que um país desenvolvido, precisamos de um país desenvolvido, justo e soberano, para que nosso povo acompanhe, cresça e se desenvolva junto.
 O povo ocupará as ruas e escreverá sua história na parede, e marcará um novo legado. Essa geração quer mais universidades, escolas, transporte e hospitais de qualidade.
 Ocuparemos cada quarteirão desse país se necessário for.

Avante!

segunda-feira, 20 de maio de 2013

o que me lembra


SONETO DO DESMANTELO AZUL

Então, pintei de azul os meus sapatos
por não poder de azul pintar as ruas,
depois, vesti meus gestos insensatos
e colori as minhas mãos e as tuas,

Para extinguir em nós o azul ausente
e aprisionar no azul as coisas gratas,
enfim, nós derramamos simplesmente
azul sobre os vestidos e as gravatas.

E afogados em nós, nem nos lembramos
que no excesso que havia em nosso espaço
pudesse haver de azul também cansaço.

E perdidos de azul nos contemplamos
e vimos que entre nós nascia um sul
vertiginosamente azul. Azul.

Carlos Pena Filho





P.S. Para meu Blue Boy Ricardo Melo ;D

domingo, 19 de maio de 2013

Zé do Caroço

Zé do Caroço (Música de Leci Brandão)

"E na hora que a televisão brasileira 
Distrái toda gente com a sua novela
É que o Zé põe a boca no mundo
Ele faz um discurso profundo
Ele quer ver o bem da favela 
Está nascendo um novo líder
No morro do Pau da Bandeira"