terça-feira, 2 de agosto de 2016

Por uma nova política: As eleições municipais de 2016


“Somos milhões que damos a face jovem ao Brasil”

A União da Juventude Socialista, com seus 31 anos de luta política, vem carregando os anseios e sonhos da juventude nos diferentes contextos sociais, políticos e econômicos pelos quais passou o país. A luta da organização, que dialoga com jovens de todas as cores, raça, gênero, credo, dentro ou fora dos muros das escolas e universidades – desde sua fundação em defesa dos direitos do povo brasileiro, ergue a bandeira do desenvolvimento e soberania nacional, e luta ferozmente contra o conservadorismo e capitalismo selvagem, que são os responsáveis pela manutenção da desigualdade social.
A História política do Brasil é eminentemente marcada por aspectos clientelistas, personalistas e de práticas de manutenção do poder nas mãos das elites, aspectos esses que, por vezes, parecem cristalizados no percurso político do país. Foi assim antes mesmo do “Brasil” ser “Brasil”, quando a corte portuguesa determinava os rumos da colônia com o aval das elites locais, prática que permaneceu durante todo o Império e se manteve na República, não, porém, sem revolta!
Nos últimos anos assistiu-se no Brasil, e na América do Sul como um todo, um avanço no que concerne as lutas das camadas populares. A esquerda no cenário sul americano, ainda que dividida entre um bloco mais radical (A exemplo da Venezuela de Hugo Chávez e da Bolívia de Evo Morales) e um bloco que se assemelha mais aos ideais da social democracia dos pós-guerra (A citar o Brasil de Lula e a Argentina dos Kirchner), colocou-se no papel de vanguarda no combate ao imperialismo e a subjugação que o capital impõe aos povos. O momento é de continuar avançado, mas para além disso, renovar as pautas da esquerda, colocando no centro do debate os gritos que ecoam das diversas manifestações populares espalhadas nos país.
O cenário no qual nos encontramos imersos ressalta a importância da UJS de disputar o imaginário do povo brasileiro e lutar pela elevação da consciência de classe, para que possamos construir uma sociedade justa e humana para todas e todos. Baseada nos anseios e desafios que se apresentam em nosso manifesto e na luta política cotidiana, percebemos o quão frágil é a representação política do nosso povo e, consequentemente, a latente necessidade da juventude de se inserir nos espaços de decisão e poder, dando voz e oportunidade de colocar na agenda governamental as pautas da juventude.
Tomamos a decisão de disputar esses espaços, que hoje são ocupados por representantes da minoria da população, e pintar as câmaras de vereadores, prefeituras, assembleias legislativas de gente com a nossa cara e coragem. Dessa forma, apresentamos aqui em Pernambuco algumas candidatas e candidatos jovens, que carregam a luta e história de nossa organização, para apresentar o nosso projeto de nação a sociedade pela necessidade política e falta de representação que temos.
Melka Pinto (Recife), Matheus Lins (Olinda), Alcides dos Anjos – Jesus (Paulista), Anderson Rangel (Camaragibe), Paulinho Coelho (Stª Cruz do Capibaribe), Rodolfo (Ilha de Itamaracá), Gildázio (Ouricuri), assim como outros – não tão jovens –, mas que debaterão e levantarão questões fundamentais sobre a vida e anseios não apenas dos jovens, mas do nosso povo que sente na pele diariamente (mesmo depois de programas sociais e medidas paliativas que nos deu outra perspectiva) a falta de políticas públicas eficazes que venham de encontro a problemas que se demonstram enraizados na estrutura social.

Dessa maneira, chegamos nas eleições municipais do ano corrente com essas pré-candidaturas, como cabos eleitorais do nosso pensamento e projeto, que venham a mudar paulatina e radicalmente a vida de cada brasileira e brasileiro. De fato, existe uma parcela da juventude desacreditada da política enquanto mecanismo de transformação da realidade social e a essa parcela, convidamos a mais que confiar, convidamos a ser confiança, a vir construir conosco uma nova política, uma política mais participativa, que dialogue e olhe nos olhos da nossa gente. Como diria o poeta: “Tenha fé no nosso povo que ele insiste”.