domingo, 28 de maio de 2017

nada de apatia

   No post anterior afirmei, e repito: sou carente de atenção e de amor. Não sei lidar com o mundo moderno no qual (fingir) não se importar é cool, a tese do desapego não me contempla.
   Nasci pra amar, e não pra ser indiferente ao sentimento alheio, tampouco pra ser indiferente ao que sinto.
   Tom Jobim dizia que "é impossível ser feliz sozinho", discordo, mas é necessário dizer que quando se tem alguém, a vida fica mais bonita, até quando os dias não são tão legais.

quarta-feira, 24 de maio de 2017

entretanto, juntos.

    "Não são os relacionamentos que nos define, e sim, a forma como nos relacionamos. Sou por natureza um ser carente, de atenção e de amor."
    Recentemente entrei em um relacionamento, no qual o denominamos de 'acordo', no qual havia alguns tópicos de coisas que não queríamos que o outro fizesse, mas nada de absurdo, apenas coisas que evitariam que um machucasse o outro, mas o primordial do mesmo, era o companheirismo e a sinceridade. Antes de firmarmos nosso acordo, conversamos sobre ele, e avaliamos cada tópico, pois era essencial que ambos estivessem satisfeitos com o que estava escrito ali.
    Pouco depois, tivemos algumas discussões e rompe e reata acordo, só confusão. Achando pouco, posteriormente o rotulamos (como maior parte da população) de namoro, e como quase ninguém tem o conhecimento de que estamos juntos, não existe aquele disse me disse, apenas a insegurança.
    Nos conhecemos há quase quatro indo pra São Paulo (ele do Rio Grande do Norte, e eu de Pernambuco), mal conversamos, mas por algum motivo ele gostou de mim (é doido mesmo). Depois disso ele falou comigo no facebook (na época, o whatsapp não existia, pelo menos não recordo), e conversa vai, conversa vem, acabei dando o número do meu telefone. Lembro como se fosse agora a primeira vez que ele me ligou, estava indo com as meninas que moravam no pensionato para a Confraria do poeta, bar que fica no centro do Recife, e quando o telefone tocou eu não sabia o que falar, e fiquei muda. A única frase foi 'preciso desligar'. 
    No fim desse ano (2013) nos vimos em São Paulo, eu estava uma merda, sentada do lado oposto ao que ele estava, e claro, não sabia o que falar, e mal trocamos 2 palavras. Lembro que eu estava engolindo o choro e ele mandou uma mensagem "eu tô aqui se precisar", algo assim.
     Enfim, depois disso passamos a nos falar com maior frequência, e eu passei a falar. Disso, surgiu uma amizade bonita, mas com ele deixando claro o que queria e o que sentia (e insistia muito ele estava mesmo afim), enquanto eu era pura confusão, e o fator de ele insistir muito me chateava. 
     O tempo passou, e mesmo quando por algum motivo passávamos meses sem nos falarmos, tudo voltava ao normal, em cada 'oi', 'tá aí?', 'não fica chateada com o que vou falar... te amo'.
     Acredite se quiser, mas ele esperou três anos para me beijar, o máximo que havia acontecido foi um abraço em Tatuapé em novembro ou dezembro de 2013. 
     A primeira vez que o vi foi no carnaval de 2011, e a primeira vez que nos beijamos foi no carnaval de 2017 (pra ser mais específica eu o beijei, ele não forçou).
     [Volte pro topo e releia os dois primeiros parágrafos]. 
    Somos muito parecidos, e ao mesmo tempo completamente diferentes, principalmente na forma de reagir ao que o outro fala, ou as discussões (geralmente bobas).
    Muita coisa mudou desde a primeira vez que o vi, e muita coisa também mudou desde julho de 2013 até hoje, e mesmo com todas as dificuldades possíveis e imagináveis, estamos tentando fazer dar certo. 
Até quando, não sei... entretanto, juntos.