quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Dialógo

— E você, por que desvia o olhar?

Porque eu tenho medo de altura. Tenho medo de cair para dentro de você. Há nos seus olhos castanhos certos desenhos que me lembram montanhas, cordilheiras vistas do alto, em miniatura. Então, eu desvio os meus olhos para amarrá-los em qualquer pedra no chão e me salvar do amor. Mas, hoje, não encontraram pedra. Encontraram flor. E eu me agarrei às pétalas o mais que pude, sem sequer perceber que estava plantada num desses abismos, dentro dos seus olhos.

— Ah. Porque eu sou tímida.

By. Rita Apoena 

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Madrugada turbulenta

É como se eu tivesse medo de dormir. Não é insônia. Sei que posso me deitar a qualquer hora, mas permaneço aqui. Não tem nada tão atrativo assim, que possa me segurar por tanto tempo. Posso navegar a noite toda, é claro. Mas não é isso. É o fato de que ao acordar amanhã já não serei mais a mesma. Só sou a mesma durante o mesmo dia. Talvez eu me repita durante um certo espaço de tempo. E como vou saber? Medo de mudar? Ou medo que não mude nada? As piscadas estão durando cada vez mais. Esse é o momento. Me despeço. Se continuasse a escrever amanhã, seria um post compartilhado, cheio de pseudonimos. Covarde. Deveria assumir a bipolaridade. Deveria assumir que não sabe se organizar. Deveria assumir suas paixões.

By. Nina Zambiassi

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Quando perdi e achei minha inspiração


Demorei procurando uma caneta Bic, um bom bloco de notas,
Abrindo uma boa garrafa de vinho e preparando o meu cachimbo,
Mas sinceramente, não lembro onde coloquei minha inspiração.
Deitei na rede da varanda, taça na mão, cachimbo na boca,
E a esperança de achá-la,
E enquanto a fumaça se dissipava no ar é que a vi,
Minha inspiração,
Ali, guardada no coração do poeta que a muito não me visitava,
Disse que estava ocupado,
Vivendo a poesia...

By. Clarence Santos

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Ode á noite




Não sei fazer poesia, infelizmente... ou não....

Minha mente trabalha na prosa, na prosa desta noite, tão doce, fria, tão quente e sedutora.
Quem me dera viver na noite a cada dia, curtir a liberdade da escuridão e seus mistérios.
Ah, a noite, a companheira perfeita para a solidão e para a companhia, nela tudo tem seu sentido, a dor é mais intensa e a alegria mais verdadeira, o amor é mais puro e o ódio mais cego.
A noite... mãe de todas as canções, todas as notas, pai de todas as poesias, dos jovens tuberculosos que cospem sangue de tanto amar, da juventude que sonha e daqueles que nada mais querem.
Noite dos amigos, dos amores e dos amantes....

traga a luz para aquilo que o dia esconde, nos deixe ser apenas humanos, nos permita libertar tudo o que a luz do dia encobre e que a hipocrisia não aceita.... Querida Noite, que me trás a lembrança da amada e em outro copo de uísque mergulha minha sanidade em parceria com meu coração shakespeareano, árcade, surreal, niilista, romântico, moderno, contemporâneo, todo teu e dela...

Feliz a morte em teus braços e a vida em tuas veias....

Seja apenas você, e deixe que o resto é com cada um de nós, perdidos em teus segredos... Duas, três, quatro, cinco ou seis horas, não importa pois tudo é perfeito até o sol chegar.
By: Daniel Gaspar (Dan)

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Cantinho

Aqui no meu cantinho
apenas respiro e,
inspiro poesia.

O incógnita que sou
é desvendado
e tudo é possível.

Aqui vejo pássaros,
vejo o céu, me vejo estrela,
me pinto nuvem.

Aqui estendo roupas no varal,
leio livros, sou tudo e nada,
apenas me escondo do mundo.

Aqui sou flor.

Aqui meu sorriso,
volta a ser cúmplice do olhar.

( Luana Lopes )

domingo, 28 de novembro de 2010

Aos meus amigos!

A saudade  e a distância
são obstáculos que devemos transpor.
Amizade não só se faz,
mais se renova a cada dia.
Amigos são pra sempre,
e quando há saudade
é sinal que estão cada vez mais vivos e fortes
dentro de nossos corações.

( Luana Lopes )

Do outro lado da janela

Invisível  e paralisada a observar
as pessoas e seus movimentos
Elas parecem ser felizes, mais elas correm
e para quê, se tudo "permanecerá" onde está?...

Permaneço imóvel em frente a janela,
pálida, olhos tristes e lábios vermelhos.
Vendo estrelas, a vida e o tempo passar.

Acho que sou de outro planeta,
Pasárgada talvez,
ou apenas mais um peixe fora d`água?

Lá fora tudo tão agitado, enquanto aqui,
do outro lado da janela
tudo está tão tranquilo.

Por mais oportunidades que apareçam
prefiro a quietude da cama e dos livros,
pois já não me identifico
nessa rua dos rostos perdidos.

(Luana Lopes)

sábado, 27 de novembro de 2010

Me!

Olá!
Essa é minha primeira postagem e resolvi falar um pouco sobre mim.
Me chamo Luana Lopes, nasci em 1992 (é mais fácil dizer o ano por que fica mais fácil para você saber a idade que tenho), nasci em Santa Cruz do Capibaribe ( agreste pernambucano), e atualmente resido em Recife.
Por gostar e considerar necessário, fui/sou militante de movimento social (apesar de atualmente não fazer parte de nenhuma organização ou partido). Escrevo coisas que considero um tanto dramáticas,  pois só recorro a este meio nos momentos que a tristeza inunda meu olhar, por que nos momentos felizes me permito sonhar, aventurar e bordar sorrisos. Como já dizia Mário Quintana "Cada palavra é como uma borboleta espetada na página. Por isso a palavra escrita é sempre triste.", disso fica o desejo de escrever coisas amenas e alegres.
Faço daqui um refúgio pra escrever minhas 'estranhezas' e inquietude.
Se por algum acaso você descobriu esse espaço, desculpe-me por tanta dramaticidade.



( Luana Lopes )