“Somos milhões que
damos a face jovem ao Brasil”
A União da Juventude
Socialista, com seus 31 anos de luta política, vem carregando os anseios e
sonhos da juventude nos diferentes contextos sociais, políticos e econômicos
pelos quais passou o país. A luta da organização, que dialoga com jovens de
todas as cores, raça, gênero, credo, dentro ou fora dos muros das escolas e
universidades – desde sua fundação em defesa dos direitos do povo brasileiro,
ergue a bandeira do desenvolvimento e soberania nacional, e luta ferozmente
contra o conservadorismo e capitalismo selvagem, que são os responsáveis pela
manutenção da desigualdade social.
A História política do
Brasil é eminentemente marcada por aspectos clientelistas, personalistas e de
práticas de manutenção do poder nas mãos das elites, aspectos esses que, por
vezes, parecem cristalizados no percurso político do país. Foi assim antes
mesmo do “Brasil” ser “Brasil”, quando a corte portuguesa determinava os rumos
da colônia com o aval das elites locais, prática que permaneceu durante todo o
Império e se manteve na República, não, porém, sem revolta!
Nos últimos anos
assistiu-se no Brasil, e na América do Sul como um todo, um avanço no que
concerne as lutas das camadas populares. A esquerda no cenário sul americano,
ainda que dividida entre um bloco mais radical (A exemplo da Venezuela de Hugo
Chávez e da Bolívia de Evo Morales) e um bloco que se assemelha mais aos ideais
da social democracia dos pós-guerra (A citar o Brasil de Lula e a Argentina dos
Kirchner), colocou-se no papel de vanguarda no combate ao imperialismo e a
subjugação que o capital impõe aos povos. O momento é de continuar avançado,
mas para além disso, renovar as pautas da esquerda, colocando no centro do
debate os gritos que ecoam das diversas manifestações populares espalhadas nos
país.
O cenário no qual nos
encontramos imersos ressalta a importância da UJS de disputar o imaginário do
povo brasileiro e lutar pela elevação da consciência de classe, para que
possamos construir uma sociedade justa e humana para todas e todos. Baseada nos
anseios e desafios que se apresentam em nosso manifesto e na luta política
cotidiana, percebemos o quão frágil é a representação política do nosso povo e,
consequentemente, a latente necessidade da juventude de se inserir nos espaços
de decisão e poder, dando voz e oportunidade de colocar na agenda governamental
as pautas da juventude.
Tomamos a decisão de
disputar esses espaços, que hoje são ocupados por representantes da minoria da
população, e pintar as câmaras de vereadores, prefeituras, assembleias
legislativas de gente com a nossa cara e coragem. Dessa forma, apresentamos
aqui em Pernambuco algumas candidatas e candidatos jovens, que carregam a luta
e história de nossa organização, para apresentar o nosso projeto de nação a
sociedade pela necessidade política e falta de representação que temos.
Melka Pinto (Recife),
Matheus Lins (Olinda), Alcides dos Anjos – Jesus (Paulista), Anderson Rangel
(Camaragibe), Paulinho Coelho (Stª Cruz do Capibaribe), Rodolfo (Ilha de Itamaracá),
Gildázio (Ouricuri), assim como outros – não tão jovens –, mas que debaterão e
levantarão questões fundamentais sobre a vida e anseios não apenas dos jovens,
mas do nosso povo que sente na pele diariamente (mesmo depois de programas
sociais e medidas paliativas que nos deu outra perspectiva) a falta de
políticas públicas eficazes que venham de encontro a problemas que se
demonstram enraizados na estrutura social.
Dessa maneira, chegamos
nas eleições municipais do ano corrente com essas pré-candidaturas, como cabos
eleitorais do nosso pensamento e projeto, que venham a mudar paulatina e
radicalmente a vida de cada brasileira e brasileiro. De fato, existe uma
parcela da juventude desacreditada da política enquanto mecanismo de transformação
da realidade social e a essa parcela, convidamos a mais que confiar, convidamos
a ser confiança, a vir construir conosco uma nova política, uma política mais
participativa, que dialogue e olhe nos olhos da nossa gente. Como diria o
poeta: “Tenha fé no nosso povo que ele insiste”.
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