terça-feira, 9 de dezembro de 2014

meu corpo, minhas regras

Ao longo dos séculos a mulher vem sendo cada vez mais reprimida pela sociedade, e se engana quem acha que o opressor é única e exclusivamente do sexo oposto, as mulheres cada dia mais vem reproduzindo o discurso ofensivo e agressivo, reflexo do que é a nossa sociedade.
No último dia 07/12 no programa Altas Horas, vimos com clareza o quão é grave esse posicionamento de algumas mulheres que se colocam como sensíveis a causa e nada fazem além de reproduzir um discurso machista e arcaico dos padrões imposto principalmente pelas elites.
Tenho a opinião de que a luta pelo feminismo não é simplesmente ter o mesmo direito dos homens, mas é de dar a mulher o direito de poder de decisão sobre seu corpo.
A nossa luta é para garantir nosso direito de decidir o que queremos sobre nossa vida e corpo, sem precisar morrer nos açougues que são as clínicas clandestinas para aborto, para que o estado dê a essas mulheres assistência, para que possamos fazer com que a lei Maria da Penha seja de fato fiscalizada, posta em prática de verdade e passe a punir os agressores e opressores, tendo em vista que o assédio sexual é freqüente e reprime e humilha tanto quanto as agressões físicas.

Portanto, combater o machismo é lutar para mudar inclusive o modelo de sociedade no qual vivemos, onde todos precisam seguir padrões impostos pelas elites, e que ao longo da história sub-valoriza e exclui parcela significativa da população dos espaços de poder e decisão em nosso país.